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Casa da Mulher Brasileira de Curitiba completa 7 anos com 92 mil atendimentos feitos

Ao longo destes sete anos, a Casa também fez a implementação do Botão do Pânico Físico

Casa da Mulher Brasileira de Curitiba (CMBC) celebra, nesta quinta-feira (15/6), sete anos de conquistas no empoderamento e apoio às mulheres. Desde sua inauguração, a CMBC registrou cerca de 92 mil atendimentos e desempenha um papel fundamental ao oferecer um refúgio seguro para as mulheres, defendendo seus direitos e oferecendo serviços de proteção às mulheres que estão vulneráveis. 

“Um dos segredos do sucesso da CMBC é reunir em um único endereço diversos serviços, o que facilita para a pessoa que já está fragilizada ter acesso a diferentes órgãos que atuam como uma rede protetiva. Temos orgulho de manter o atendimento diário de 24h desde nossa inauguração”, afirmou Sandra Praddo, coordenadora geral da CMBC.

Logo na fachada, um mural da artista Kamilla Flores, mostra a diversidade representada por mulheres trans, ciganas, índias, muçulmanas, entre outras, dando acolhimento para todas as mulheres que buscam a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba.

Atenção e escuta

A assistente social Bianca Ardjomand, responsável pelo setor psicossocial da CMBC, trabalha na unidade desde a abertura e conta que ao longo desses anos a escuta é um dos trabalhos mais importantes. “Muitas vezes a mulher que nos procura está falando pela primeira vez sobre o que vem sofrendo e faz parte do nosso acolhimento uma escuta atenciosa. Ao falar, a vítima também está escutando e absorvendo ao mesmo tempo todas os sentimentos que afloram”, disse.

Segundo Bianca, as mulheres vítimas de violência passam por um longo processo antes da denúncia, que acaba ocorrendo somente após vários episódios de violência. A assistente social ainda explica que a desinformação é outro grande problema. As mulheres não conhecem seus direitos e acreditam nas ameaças do agressor. Acreditam que vão perder a guarda dos filhos e que não têm capacidade de serem independentes, o que aumenta a dificuldade em romper o ciclo de violência.

“O medo está sempre envolvido, seja do agressor, seja do julgamento alheio. Muitas vezes as mulheres têm medo de registrar um B.O (boletim de ocorrência), mas ainda que não estejam prontas para denunciar é importante elas conhecerem seus direitos, que são muitos e garantidos por lei”, salientou Bianca.

Rompendo o ciclo

G. I., 54 anos, foi uma das vítimas de violência doméstica que encontrou na Casa da Mulher Brasileira de Curitiba um espaço de acolhimento e de auxílio nos processos de segurança pessoal. “A Casa da Mulher Brasileira significa para mim um escudo de proteção, claro que você tem que fazer sua parte, mas fica menos difícil. Lá eu senti que existo, que tem alguém que se importa comigo, e é a CMBC”, contou. 

Ela registrou o Boletim de Ocorrência em agosto de 2022, após um relacionamento de 27 anos com seu agressor. Na CMBC, ela encontrou as instruções necessárias para conseguir uma medida protetiva e um botão do pânico, além do apoio psicológico necessário no momento. Por muito tempo, se sentiu subjugada, humilhada e desprotegida, e comenta que até buscar ajuda ainda tinha dúvidas da eficácia dos procedimentos, mas já faz três meses que não sofre nenhuma forma de violência do agressor. 

“A gente vê na TV mulheres sofrendo agressão e acha que não tem solução, minha mãe sofreu calada por anos, mas eu não preciso mais, hoje tenho onde buscar ajuda, e a Casa mudou minha atitude”, relatou G.I.

Tudo em um só lugar

A cada ano que passa, a CMBC vai avançando e ampliando suas políticas públicas, impactando positivamente a vida de inúmeras mulheres. Quem busca auxílio na Casa, tem acesso a serviço de acolhimento e apoio psicossocial (assistentes sociais e psicólogas), Delegacia da Mulher, Defensoria Pública, 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar, Ministério Público, Patrulha Maria da Penha, Polícia Militar exclusivo para busca de pertences, programas voltados à autonomia econômica das mulheres, central de transportes, brinquedoteca e espaço pet, o primeiro do Brasil.

Confira abaixo outras conquistas

– Ao longo destes sete anos, a Casa também fez a implementação do Botão do Pânico Físico, como parte da política de segurança pública do município, através da Secretaria de Defesa Social e Trânsito. O dispositivo de segurança preventivo está em vigor desde junho de 2018 e continua protegendo e proporcionando tranquilidade às mulheres.

– Em um passo importante para melhorar a acessibilidade e os serviços simplificados, a Casa da Mulher Brasileira integrou a Delegacia da Mulher em suas instalações.

– A CMBC obteve a cessão gratuita de uso do imóvel da União para o município de Curitiba em 18 de agosto de 2021, garantindo seu futuro e permitindo a expansão de seus serviços.

– A requalificação e reforma de um espaço para o posto avançado do Instituto Médico Legal, salas especiais para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PR), de uso exclusivo para os advogados e para a equipe da Polícia Militar, que realizam busca de pertences.

– Biblioteca com diversos títulos no setor psicossocial de uso comum.

– O jardim passou por um projeto de requalificação assinado pela arquiteta paisagista Luciana Brandão, a transformação não apenas embelezou o local, mas também criou um ambiente tranquilo e acolhedor para os visitantes. A arte sempre foi um meio poderoso de expressão, e um mural de cerâmica da artista Marta Berger reflete a resiliência, força e união das mulheres.

Serviço – Casa da Mulher Brasileira de Curitiba

Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência
Endereço: AV. Paraná, 870 – Cabral
Telefone: (41) 3221-2701 / 3221-2710
E-mail: cmb@curitiba.pr.gov.br

Foto: Hully Paiva/SMCS


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